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INCLUSÃO É TER AMOR E PROFISSIONALISMO.

Eu e David na festa junina de 2009.


David tem paralisia cerebral e comprometimento motor, está em nossa escola desde o ano passado quando entrou na creche. Atualmente é meu aluno no infantil I e está com 4 aninhos.
David faz tratamento no SARAH toda terça-feira e hoje estive lá a contive da instituição para uma manhã de palestras e socialização das práticas.
Foi muito interessante a troca de experiências que ocorreu lá. Tinham pais, diretoras, coordenadoras e professoras e a equipe pedagógica do SARAH, cada um com sua visão, cada um com uma boa história pra contar. O interessante foi que a vontade de acertar era a mesma, todos com motivação em ver nossos meninos melhorarem cada dia mais.

Saí refletindo muito sobre a inclusão, por acaso ontem mesmo fiz uma prova sobre esse assunto na faculdade, mas observo de como mesmo tratando esse assunto como uma disciplina no curso de Pedagogia, ele fica tão distante da realidade. Não discutimos os problemas, os ransos, o preconceito, a carga emocional que teremos que segurar da família, da sociedade, da patologia do aluno. A gente estuda os patologias, a lei... e passa somente a conhecer, mas isso não é de perto o que realmente precisaremos de base quando tivermos um caso em nossa sala de aula. Ainda irei para o estágio, mas ele é de observação, vai servir talvez para sensibilizar, deixar as pessoas mais abertas para receber esses alunos, mas talvez não capacite como deveria, culpa da faculdade? Vejo que ela poderia inovar mais, porém talvez esse seja a ponta do iceberg!.

A lei é um grande avanço (matricular os alunos em escolas regulares), mas os recursos e acompanhamentos necessários estão de longe faltando para as escolas, e não é só da rede pública não, hoje estive em contato com mães que tem muitas queixas de escolas particulares com 10 alunos na sala e sem fazer um trabalho significativo. Minha sala tem 23 somente comigo e pude perceber analisando com a equipe o quanto David tem evoluido, motivo de orgulho? Acho que não, vejo que essa é a nossa obrigação, o nosso dever enquanto escola integral significativa.

Estou fazendo essa reflexão, e olha que a minha vivência tem sido abençôada, pois David é um aluno que me dá menos trabalho do que uns 3 da sala que são "pimenta malagueta!".Ele é amável e inteligente e tem avançado muito no dia a dia, na parte motora, social e cognitiva também, mas isso aconteceu devido uma dedicação diária em entendê-lo melhor e buscar alternativas em fazer um trabalho cada dia mais real, a observação é muito importante pois ele mesmo nos dá dicas em como devemos proceder. Toda a escola se envolveu em dar carinho e adaptá-lo da melhor maneira possível. David me ensinou que meus limites ainda seriam ultrapassados e que ser professora poderia ser ainda mais digno do que eu imaginava. São coisas que Deus faz para nos abençôar!

A lei está aí para garantir os direitos desses alunos e ensinar a sociedade a ser mais gente, cabe a nós educadores buscar alternativas para que a integração na escola seja prazerosa, fazendo as adaptações necessárias e reinvindicando recursos e apoio pedagógico junto as autoridades, e acima de tudo, cabe a nós AMAR..."Por que o amor lança fora todo o medo!" (Bíblia Sagrada).

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